sábado, 25 de abril de 2009

PRINCIPES DOS POETAS ALAGOANOS JORGE DE LIMA


Há 116 anos (23 de abril de 1893) nascia na pequena Vila Nova da Imperatriz, Jorge Matheus de Lima, um bebê que mais tarde ficaria reconhecido em todo o mundo como o príncipe dos poetas Alagoanos. Jorge viveu na pequena Imperatriz até os oito anos de idade, quando a deixou para morar em Maceió. Conheça um pouco de sua vida em nossa cidade contada por ninguém mais, ninguém menos que Povina Calvancati.INFÂNCIA ..A infância de Jorge em Imperatriz foi poética. Ele viu as cheias do lendário rio Mundaú, as festas em homenagem a nossa padroeira, se perdeu nas matas da Serra da Barriga, seguiu os trilhos da velha Great Western, ouvia história dos negros fujões e se encantou com a feira de União que ficava defronte o sobrado onde morava. Fatos que o ajudaram a criar algumas de suas poesias.Seu pai era José Matheus, um homem que viajava muito por diversos estados, mas foi em Sergipe que ele conheceu a mulher com quem se casou. Seu nome? Delmina. Prosseguiu-se as andanças até chegar a pequena Vila de Nova da Imperatriz, hoje União dos Palmares.Ao chegar gostaram da vila e decidiram ficar. Eles passaram a morar em um sobrado colonial que ficava na esquina da rua do Comércio (Rua Correia de Oliveira) com a praça que dava de frente pra igreja, a Praça da Matriz (Praça Basiliano Sarmento).O andar térreo do sobrado era ocupado pela loja de fazendas e armarinho. Já na parte superior ficavam os aposentos da família do Coronel. Do casamento nasceram Carlota e Armandinha (que morreram jovens), Jorge, José, Araci, Edmundo e Hildebrando. Com a família ainda moravam duas velhas irmãs do Coronel, Barbara e Petronila.Seu José tomava conta da loja e Dona Delmina apenas governava a casa e cuidava da educação dos filhos. O pai de Jorge era muito respeitado na cidade, o chamavam de Coronel José Matheus, ele costumava atender aos fregueses sempre bem vestido. Já Dona Delmina, mãe de Jorge, tinha o gosto pela leitura.O sobrado tinha o seu janelão sobre a praça, e lá de cima se via o pátio da igreja e a praça .. mas era uma praça sem graça, não tinha árvore, não tinha banco, não tinha nada. Só tinha alguma coisa em dia de feira e Jorge adorava. Ele era tímido quando criança. Brincava como todas elas, mas não esquecia das aulas de piano.Jorge aprendeu a ler aos sete anos na escola de Dona Mocinha Medeiros e ele não precisou de muito tempo para aprender. Foi quando os pais pensaram em mandá-lo para Maceió, lá iria continuar seus estudos. E partiu... junto de sua mãe e seus irmãos. Mas Jorge não deixou seu burgo natal pra sempre... pelo menos dessa vez... ele sempre voltava nas férias escolares para visitar seu pai que ainda morava em Imperatriz.


"Mesmo na fase acadêmica de sua literatura Jorge não esqueceu Madalena, (era assim que ele gostava de chamar o seu burgo natal), nem o seu rio Mundaú." (POVINA CAVALCANTI)

A VOLTA E A PARTIDA PARA SEMPRE ..


Logo após estudar em Maceió, Jorge partiu para Salvador e em seguida Rio de Janeiro, onde se formou no dia 19 de dezembro de 1914 no curso de medicina. E com saudades de sua terra natal tomou o primeiro navio e foi passar o dia 31 com a família na (agora) cidade de União.
A chegada foi festiva, União saudava o seu primeiro médico e o seu primeiro poeta. Todo mundo tinha uma consulta para fazer-lhe. Mas passados os dias de festas a família resolveu se mudar em definitivo para Maceió. A Capital era a meta de Jorge de Lima. E esse foi o último adeus a cidade onde nasceu.

A cidade ainda guarda uma vaga lembrança de seu ilustre conterrâneo. A casa onde Jorge de Lima viveu os primeiros anos de sua vida encontra-se em reforma e pela foto acima vemos que está verde assim como os demais prédios públicos de nossa cidade. O busto em sua homenagem, que fica na Praça com seu nome, encontra-se rachado e seus lábios pintados de vermelho, uma tremenda falta de respeito com uma das pessoas mais respeitadas na literatura mundial. Jorge de Lima ainda possui uma Escola Estadual com seu nome na Rua Tavares Bastos, defronte ao Colégio Cenecista Santa Maria Madalena.

BUSTO DE JORGE DE LIMA



No aniversário de 60 anos de Jorge de Lima, Francisco Valois, membro da Academia Alagoana de Letras, organizou uma homenagem ao poeta palmarino. A idéia dele era exigir um busto do escritor na praça principal de União dos Palmares, que fica em frente à casa que Jorge de Lima morou. Só que, segundo ele, na época, houve uma manifestação política contrária à homenagem. Um grupo alegava que Jorge de Lima jamais havia feito nada em favor de sua cidade natal.



"JORGE DE LIMA"


O fato é que, depois de muita discussão, a homenagem se concretizou. Não da forma que Valois queria, em frente à antiga casa de Jorge de Lima, mas em outra praça, construída pelo então prefeito Antônio Gomes de Barros, e batizada de Praça Jorge de Lima, onde o busto continua até hoje.
O próprio Jorge de Lima patrocinou o busto em sua homenagem. Além disso, mandou também para a casa onde nasceu 500 exemplares de livros de sua autoria e de diversos outros escritores. Os livros foram transportados de navio, do Rio de Janeiro para União dos Palmares. Havia edições raras, de luxo, de toda a obra dele.

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES

Lá vem o acendedor de lampiões de rua!Este mesmo que vem, infatigavelmente,Parodiar o Sol e associar-se à luaQuando a sobra da noite enegrece o poente.Um, dois, três lampiões, acende e continuaOutros mais a acender imperturbavelmente,À medida que a noite, aos poucos, se acentuaE a palidez da lua apenas se pressente.Triste ironia atroz que o senso humano irrita:Ele, que doira a noite e ilumina a cidade,Talvez não tenha luz na choupana em que habita.Tanta gente também nos outros insinuaCrenças, religiões, amor, felicidadeComo este acendedor de lampiões de rua!
Fonte: GAZETAWEB

Fonte: Vida e Obra de Jorge de Lima, Rio de Janeiro, Edições Correio da Manhã, 1969. Cavalcanti, Carlos Povina.

SHOWS NA SERRA VOLTAM NO SEGUNDO SEMESTRE


O projeto sociocultural que se iniciou em outubro do ano passado, com a execução de shows, oficinas e cursos, dá uma paradinha agora por conta das chuvas que impossibilita o acesso a Serra, mas volta no segundo semestre.
Dentre os shows que aconteceram lá se apresentaram vários artistas conhecidos nacionalmente, como, Luiz Melodia, Jorge Aragão e mais recentemente a Banda Olodum da Bahia.
Mais uma notícia é de que só este ano serão investidos cerca de R$ 331.000,00 em várias áreas de formação e capacitação na Serra da Barriga, além de R$ 317.000,00 para a manutenção do Parque Memorial. Outra boa notícia é de que já foi confirmada a verba federal no valor de R$ 4.200.000,00 para a pavimentação do acesso.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

SENTIMENTOS


Primeiro surge o impulso (pulsão) que vai gerar o pensamento e dependendo da atenção, concentração e energia que dedicarmos a este pensamento, o mesmo vai se intensificando, se amplificando e gerando as emoções, que por sua vez irão gerar os comportamentos. Estes comportamentos podem levar a ação ou podem ser reprimidos em virtude das normas sociais, medos ou princípios morais. Quando estes comportamentos nos levam a ação recebe o nome de ATOS e quando não são exteriorizados podemos chamar de SENTIMENTOS reprimidos.Muitas pessoas ao se depararem com sentimentos indesejados, involuntários, surgidos do nada, e cujos sentimentos irão de encontro a sua consciência moral, seus princípios éticos e as normas impostas pela sociedade; entram totalmente em pânico, em virtude do pensamento de SENTIMENTO DE CULPA que nelas se instalam. Logo, se acham responsáveis por estes sentimentos de culpa transformados em pensamentos e conseqüentemente ocorre o desequilíbrio emocional.Pois bem, as ciências psíquicas afirmam que somos donos dos nossos atos e não dos nossos sentimentos, que somos responsáveis pelo que praticamos e não pelo o que sentimos; em tese, isto é totalmente verdadeiro.Os sentimentos são de responsabilidade da mente inconsciente, enquanto os atos são de responsabilidade da mente consciente. Portanto, OS SENTIMENTOS são involuntários, não dependem da nossa vontade, surgem sem a gente desejar, já OS ATOS são voluntários, dependem exclusivamente da nossa vontade, são executados porque desejamos (exceto os atos mecânicos).Por isso, antes de ficar se culpando pelo o que não desejou sentir, lembre-se: “VOCÊ É RESPONSÁVEL POR AQUILO QUE VOCÊ FAZ E NÃO POR AQUILO QUE VOCÊ SENTE”.



Jacinto Martins de Almeida

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www.palmares.gov.br

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