quarta-feira, 18 de abril de 2012

MONTEIRO LOBATO- 18/04

DIA DE MONTEIRO LOBATO

No dia 18 de abril se comemora o dia nacional do livro infantil. A data foi instituída em homenagem ao nascimento de Monteiro Lobato e tornou-se oficial por meio da lei nº 10.402, de 8 de janeiro de 2002. José Bento Monteiro Lobato nasceu em 1882, na Vila de Taubaté, no Vale do Paraíba, onde hoje é a cidade Monteiro Lobato. Escritor conhecido mundialmente pelas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo era um visionário para sua época e lutou muito para ampliar a leitura no Brasil. Insatisfeito com as traduções de livros europeus para crianças, ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando costumes da roça e lendas do folclore nacional. E fez mais: misturou todos eles com elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema. Sofreu com as crises econômicas da época e com fortes perseguições do governo Vargas, fez duras críticas e criou a personagem Jeca Tatu com denúncias sociais embutidas nas suas histórias. A célebre frase “Um País se constrói com homens e livros” é de sua autoria.

DIA DO LIVRO 18 DE ABRIL

DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Dia 18 de Abril é o Dia Nacional do Livro Infantil, pois é a data de nascimento de um dos principais escritores de literatura infantil do Brasil, Monteiro Lobato! Ele criou aventuras com figuras bem brasileiras, recuperou os costumes e lendas do folclore nacional. E não parou por aí, misturou todos eles com elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema.

Ler um livro de Monteiro Lobato ou qualquer outro é entrar em um mundo novo e explorá-lo! Pois é, o livro é mágico por isso, nos permite viajar para lugares inacreditáveis e não queremos mais parar.

Se você ainda não mergulhou nas aventuras mágicas dos livros, indicamos alguns escritores brasileiros para você começar: Ziraldo, Monteiro Lobato e Ruth Rocha.

Com o advento da internet a forma de se comunicar mudou radicalmente e práticas comuns como conversar, escrever cartas e o hábito da leitura foram se perdendo com essas inovações, principalmente junto às crianças. Por isso no dia 18 de abril, Dia Nacional do Livro Infantil.

Muito se acreditou que em uma época como a que vivemos agora iria extinguir os livros tais como os conhecemos, mas isso não aconteceu e estimular a leitura em crianças desde cedo ainda tem sido a melhor forma de garantir conhecimento e raciocínio lógico na formação desse cidadão, como afirmam pedagogos e especialistas.

"A Literatura Infantil tem um grande significado no desenvolvimento de crianças de diversas idades, onde se refletem situações emocionais, fantasias, curiosidades e enriquecimento do desenvolvimento perceptivo. Para ele a leitura de histórias influi em todos os aspectos da educação da criança: na afetividade: desperta a sensibilidade e o amor à leitura; na compreensão: desenvolve o automatismo da leitura rápida e a compreensão do texto; na inteligência: desenvolve a aprendizagem de termos e conceitos e a aprendizagem intelectual”, afirma o professor José Benedicto Pinto em seu livro Pontos da Literatura Infantil. Fonte Internet

Rafael dos Anjos
www.brasildiario.com

BOAS MANEIRAS NA ESCOLA






BOAS MANEIRAS E ETIQUETA NA ESCOLA

Começando pelo lar. O comportamento que a criança ou o jovem tem em casa, é o que ele terá também na Escola. Esse fato, que é obvio, explica porque tentar educar um aluno rebelde é frustrante. Ele confia mais na realidade que vive em casa e com seus amigos que no ideal de comportamento que a Escola tenta lhe ensinar. Por essa razão, embora esta página tenha por objeto Boas-maneiras na Escola, sua primeira parte é dedicada ao trabalho que o Orientador Educacional poderia fazer para que o aluno aprendesse a ter um comportamento educado primeiro em casa, em relação a seus pais e irmãos, e principalmente em relação a sua mãe. Se ele aderir a essa abordagem, as boas-maneiras que praticar em casa terão reflexo muito favorável em seu comportamento e aprendizado na Escola.

O trabalho talvez pudesse começar com perguntas simples feitas para a classe, de modo impessoal, para quem quisesse responder, ou então dirigidas a um aluno ou aluna que concorde em ser perguntado sobre seu procedimento em casa. Exemplo: "Na hora da refeição, você espera que sua mãe sente à mesa para começarem juntos a se servirem?”.

O Orientador poderá valorizar as respostas ouvindo todos que desejarem responder, e aceitar as razões que forem dadas por aqueles que, por algum motivo, não podem praticar essa norma de Boas-maneiras.

Além do exemplo acima, algumas outras perguntas poderão ser colocadas ao aluno em relação aos hábitos domésticos, ao seu contato com os amigos, com seus parentes, ou no trânsito, etc.

Após essas perguntas, então viria a etapa de ensino, novamente focalizando primeiro o ambiente doméstico, que é a principal área de experiência do aluno e onde o seu progresso beneficiará a ele, à família, e se refletirá na Escola. Como exemplo, uma exposição, se possível acompanhada de algum recurso visual, como o desenho de uma mesa e seus lugares:

"As cabeceiras da mesa devem ser ocupadas uma pelo pai, e outra pela mãe. Os filhos sentam-se aos lados, a filha mais velha à direita do pai e o filho mais velho à direita da mãe; e as caçulas ao lado esquerdas do pai (a menina) e da mãe (o menino). Os filhos de idade intermediária ficam entre estes (o mais velho e o caçula) decrescendo a idade da menina ao distanciar-se do pai, e dos meninos distanciando-se da mãe. Mantem-se, ao mesmo tempo, mantendo-se um menino frente a outro menino e uma menina frente a outra menina. Sempre alternadamente dois meninos que se olham de frente e duas meninas que estão de frente uma para outra.

Outros temas com maior impacto nos costumes familiares se seguiriam como:

"Se a refeição é acompanhada de uma bebida, você deve limpar os lábios antes de beber, para não sujar a borda do copo"; "Como colocar os pratos e talheres, o copo e o guardanapo, quando se prepara a mesa para uma refeição" etc.

Percebendo que aumenta o grau de interesse dos alunos, o Orientador poderá pedir a aqueles que mostrarem desejo de colaborar, para trazerem fotos (telefones celulares dão imagens suficientemente boas para estudo) de arranjos de mesa que fizerem em casa, e analisar e comentar essas fotos.

Perguntas e temas como os dos exemplos acima irão introduzindo o aluno nas áreas de Boas-maneiras e Etiqueta, e o seu interesse por essas disciplinas deverá crescer, porque levam ao aumento da sua autoestima, diante do maior respeito que seu comportamento correto lhe poderá render. O Orientador poderá então entrar nos aspectos mais avançados da matéria como "bailes", "restaurante", "relacionamento no trabalho", "influências culturais nas formas de saudação, nos modos à mesa", "oportunidades e modos de mostrar consideração com as pessoas", "Higiene gripal", "Postura ao caminhar ou sentar-se", "Combinação e adequação das roupas quanto às cores, aos ambientes, etc." "estratégias de apaziguamento para evitar conflitos".

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Etiqueta e Boas-maneiras orientadas para a Escola. O professor (Neste texto sempre substantivo neutro) com certeza sabe que, quanto a ele, Boas-maneiras na Escola consiste em dar tratamento cortês aos colegas, aos funcionários, e aos alunos, e que essa prática permitirá um convívio produtivo e prazeroso para todos. Sabe que isto inclui cumprimentar os alunos ao entrar na sala de aula e ao sair; pedir, ,”por favor,” ao aluno para vir ao quadro ou para responder a determinada questão; falar com clareza e calmamente, em boa altura, sem gritar; vestir-se bem – preferencialmente ao modo conservador; ter sapatos ou tênis bem conservados e limpos, barba feita, etc.

Pretende-se passar por rebelde e de ideias avançadas e anticonvencionais, o professor deve lembrar-se de que não tem o direito de induzir seus alunos a uma atitude igual à sua, e, portanto sua aparência deve ser neutra, sem espelhar ideologias, manias e opções pessoais. Não poderá como ocorre em certos casos, considerar a sala de aula um feudo onde exercerá poder e influência a seu bel-prazer.

Na classe deve ser assim – como de resto em todo relacionamento social: o professor jamais ofenderá a autoestima de um aluno. Com certeza ele poderá lecionar a sua matéria e tratar a todos de modo gentil, ainda que, em certos casos, seus alunos não tenham o mínimo de maturidade pessoal e inteligência para notar a consideração que recebem e, inclusive, pareça não merecê-la. O mestre reconhecerá em tudo que puder os dons do aluno, e elogiará sua aptidão para a matéria, e seu bom aproveitamento na disciplina que estuda. Terá tolerância com aqueles alunos que são piadistas compulsivos, e poderá mesmo elogiá-los pela sua inteligência crítica, de modo a conquistar a sua simpatia e levá-lo a moderar suas observações mordazes. Porém, Infelizmente, o tratamento cortês e sincero que o professor dispensa ao aluno não é garantia de que receberá igual atenção da parte dele e que o respeito mútuo se estabelecerá, mas este professor que sabe ser cortês, sem ser ele próprio um piadista ou um sujeito ranzinza, com certeza terá mais chances de encontrar no magistério uma atividade estimulante e prazerosa.

Conflitos. Para muitos alunos a Escola pode ser a primeira oportunidade de conhecerem o comportamento social que irão aperfeiçoar mais tarde, em sua vida adulta. Os conflitos entre estudantes são como edições resumidas dos conflitos que ocorrem entre adultos em geral – entre empregados de uma grande empresa, na política, na repartição pública, e até no corpo docente e administrativo da própria Escola. Vão desde a maledicência, a intimidação, a ridicularizarão, a arrogância e o preconceito, até fatos mais graves como formação de quadrilhas ou de gangs, desacato à autoridade, roubo, uso de drogas, gravidez indesejada, aborto, e agressão física. Também as consequências são as mesmas: depressão, suicídio, assassinato, hospitalização e prisão. Basicamente, os mais fortes agridem os mais fracos, e estes tentam descobrir um ainda mais vulnerável sobre quem exercer algum tipo de poder. Em cada caso, os conflitos indicam como a pessoa procura alimentar ou defender o seu Ego, e manter a autoestima que sustenta sua motivação.

O intimidador pode não ser o maior e o mais forte dos alunos. Muito frequentemente é um sujeito de menor compleição física, mas com talento para se fizer rodear de outros que lhe emprestam potência. Unidos, fazem chacota aos colegas na lanchonete, empurram e esbofeteiam em alguma sala vazia, no banheiro ou no vestiário, aqueles que entendem que podem intimidar e agredir. Seja como for, é do tipo provocador que os meninos mais fracos e tímidos procuram fugir. O perigo pode ser afastado pela provável vítima se esta consegue seduzir aquele que parece o mais ameaçador, ou um de seus amigos. Uma gentileza feita antecipadamente, que pareça casual e desinteressada, e que não signifique enturmar ou se ligar ao grupo delinquente, pode ser uma boa estratégia. Por ex:. “Notei sua ausência ontem na aula de Geografia. Se você quiser, eu lhe passo a matéria lecionada”. Esta técnica copia o treinamento de cães, que consiste em fazer que reconheçam a palavra “amiga” repetida junto com o reforço de um torrão de açúcar.

Se para os meninos e rapazes a intimidação é a pior forma de hostilidade na Escola, para as meninas a pior é serem rejeitadas por grupinhos de colegas, e o descaso de rapazes pelos quais gostariam de ser cortejadas. Jovens zombadores que se pretendem charmosos escolhem entre as jovens mais ansiosas por amizade e aceitação, aquela que será objeto de risos e cochichos maliciosos.. Esta, devido à sua ansiedade por reconhecimento, simula bom humor no papel de vítima, para ela melhor que estar totalmente excluída. Mas, se na Escola consegue sustentar uma aparência feliz, fora dela cai em depressão, agride os pais nos quais põe a culpa pela inferioridade em que se sente incapaz de perceber que a verdadeira causa da situação não é que ela seja diferente, mas sim a sua má interpretação da própria situação. Na verdade o grupo dominante reúne somente aquelas meninas ou rapazes afinados com o sistema criado por eles para lidarem com sua própria ansiedade. Todo o esforço que uma estranha fizer para se integrar será causa de mais zombaria e humilhações. Compreender qual é a verdadeira situação fará cair o encanto e a sedução de que é vítima. Poderá amar o seu isolamento e fazer render melhor o seu tempo, ou criar com outras colegas um sistema independente de mútua consideração e respeito.

Solução de conflitos. A única autoridade legítima do professor deveria ser sobre a matéria que ele ensina. Não cabe a ele a responsabilidade sobre o comportamento do aluno. Portanto o professor não daria ordens como, por exemplo, que o aluno se retire da sala de aula. Não pune com notas baixas, mas apenas avalia.

O comportamento do aluno deve ser objeto de um contrato entre ele – o aluno, representado por seus pais –, e a Escola, É, portanto, essencial que um contrato com cláusulas sobre o comportamento do estudante – cobrindo inclusive o uso correto do material de informática da Escola –, seja assinado no ato da matrícula, mais do que uma simples declaração de conhecer e aceitar as Normas de Funcionamento do Estabelecimento.

O contrato assinado pelo aluno e por seus pais com a Escola deve fazer alusão clara ao relacionamento conflituoso, detalhar preconceito, humilhação, agressão, zombaria, colocação de apelidos e, depois de nomear todas as formas de atazanar colegas, dizer as medidas a serem aplicadas aos infratores, tudo de modo claro e explícito, para que a Direção possa agir prontamente em função dessa cláusula contratual.

Como em geral a origem desse comportamento agressivo vem do próprio lar dos delinquentes, e representa algo vital para ele no universo das suas carências, é pouco provável que haja um discurso eficaz que possa por fim à situação. Por isso as soluções mais drásticas como apelar para a polícia devem ser mencionadas e tem mais probabilidade de suspender a ação do malfeitor que a ameaça de expulsão do estabelecimento. Os pais da vítima devem acionar a Escola no caso do descumprimento da clausula de vigilância e disciplinamento a que a Escola estará obrigada pelo mesmo contrato.

Se necessário, e este pode ser o caso de escolas localizadas em áreas de risco, a Direção manterá um Assistente presente em cada sala de aula. Sua atividade, porém, não se estende fora da Escola, Um segurança armado, com direito a uma guarita blindada, deve estar postado do lado de fora da entrada, a fim de proteger os alunos contra gangs, vendedores de droga, aliciadores de menores, sequestradores, etc. Ao “Assistente Escolar” que tenha as mesmas funções do antigo "Disciplinaria", compete controlar a disciplina e a movimentação de alunos no âmbito da Escola e desempenhar as atividades disciplinares e de segurança que lhe forem atribuídas pela Direção e referidas no contrato de matrícula do aluno. Deve acorrer prontamente a qualquer ponto onde um problema disciplinar se apresente.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

BOAS MANEIRA EM FAMILIA

BOAS – MANEIRAS E ETIQUETA EM FAMILIA

Para que uma refeição em casa chegue à sobremesa sem atritos, sem raiva, sem choros e recriminações, é necessário mais que Etiqueta. É preciso que as normas de Boas-maneiras à mesa sejam levadas a sério e observadas tal como seriam respeitadas fora de casa. Nunca se discute à mesa da refeição qualquer questão que possa produzir irritação ou criar ressentimentos. É melhor que assuntos dessa natureza sejam tratados em particular, entre os que estejam envolvidos, e que, reunida toda a família à mesa, a conversa seja somente sobre coisas agradáveis e interessantes. Discussão com os filhos sobre aproveitamento escolar, ou entre os pais em razão de problemas financeiros, e também a maledicência e as queixas, afetam o organismo alterando sua química de modo prejudicial e consequentemente estragam o dia e, em certo tempo, afetam a saúde.

Os pais devem analisar o modo como eles próprios foram educados e quais são as lições que ficaram de seus pais, para com essas lembranças corrigirem o que lhes pareça que foi errado em sua educação. Se forem vítimas de exageros ou negligências por parte de pais e parentes, deverão redesenhar esse modelo nefasto para darem aos filhos um tratamento de consideração e respeito.

Os avós são muito influentes na educação de uma criança, que estará mais inclinada a imitá-los que aos seus próprios pais. No universo da criança, ainda que seus avós vivam com elas, eles são quase personagens lendárias, e por isso lhes cabe a responsabilidade do bom exemplo, e de ajudarem os pais de modo discreto na educação dos seus netos. Alguns avós não fazem isto. Sentem-se convocados a repetir nos netos o tratamento que deram aos seus filhos e do qual estes, agora pais, guardam ressentimento. Outros provocam os pais com opiniões contrárias sobre como educam, ou levam os netos a contrariarem suas determinações. Os avôs devem pensar em como gostariam que seus netos se recordassem deles no futuro. Para que seja uma boa lembrança, basta que sejam sinceros, corteses, companheiros, bem humorados sem exageros, e que passem longe do modelo caricato dos contos da carochinha. Eles são duplamente respeitados pela criança, quando recebem também o respeito dos pais dela.

Tratamento igual. Tratar todos os filhos de modo igual, dispensando a cada um a mesma medida de apoio, encorajamento, e igual provimento de recursos evitarão mágoas e queixas de injustiças ou de preferências. Os pais devem ser atenciosos e considerados com todos eles igualmente, sem discriminação. Constranger preconceituosamente é um modo abusivo de moldar o caráter da criança.

Crianças. Ouvir com boa vontade as crianças evitará que elas se acostumem a chorar ou gritar para receber atenção. É extraordinariamente emocionante para a criança uma loja de brinquedos, e não esquecerão por toda a vida o desejo não satisfeito de um brinquedo que tiveram diante de seus olhos em uma loja no shopping, e que lhes foi recusado. Se não vai presenteá-la aquele dia, o pai ou a mãe evitarão passear com elas em shoppings onde haja lojas de brinquedos.

Efeito das atribuições. Na opinião de um psiquiatra se é dito à criança que ela é um bom menino ou uma boa menina, ele ou ela assumirão o papel de bom menino ou boa menina. “Será ainda melhor se uma terceira pessoa transmite para ela a opinião ouvida a seu respeito”. Esta pode ser uma técnica pedagógica a ser usada, e em lugar dos pais dizerem à criança que ela é malcriada e desrespeitosa, dirão que ela é honesta, atenciosa com as pessoas, aplicada aos estudos, e assim farão que ela realmente venha a ter essas qualidades. Este procedimento chama-se “Atribuição”

Comparações preconceituosas. Comparar a criança a pessoas que detestam é uma falta em que muitos pais incorrem, e que é um duplo desrespeito, se tal comparação é preconceituosa. Significa dizer ao filho que ele é tão ruim quanto à pessoa à qual é comparado e parece que é mais fácil uma criança aceitar a comparação com uma pessoa dita má, que acreditar que é igual à outra pessoa considerada boa, porque nesta última comparação ela sente perda da sua identidade. É um comportamento a ser evitado.

Negação. Expressões como “Não dê palpites!”, “Não se intrometa”, “cale a boca e não diga bobagens” humilha e entristece profundamente a criança. Ainda que aquilo que ela diga seja ingênuo, ela deve ser ouvida, para que seja reconhecido seu direito à consideração e respeito.

Castigos. Os maus-tratos físicos são mais que castigos: são todas elas formas violentas de desconsideração. O castigo deve ser isento de ódio, e a criança não sofrerá consequências psicológicas ruins se for aplicado na justa medida em que ela deve ser lembrada de não cometer outra vez o mesmo erro. Por isso é uma pesada desconsideração castigar a criança por um erro que não cometeu ou por algo ruim de que foi causa independentemente de sua vontade. Uma desconsideração verbal nessas circunstâncias pode ter efeito ainda pior, e ferir de modo duradouro mais que um castigo físico.

É incompreensível para a criança que ela seja castigada porque algo lhe escapou da mão e quebrou no chão. Neste caso, o castigo será claramente uma vingança dos pais e não um modo de lembrá-la para não quebrar coisas, inclusive porque os adultos também quebram coisas involuntariamente, possivelmente num percentual bem maior de acidentes que os devido às crianças.

Filhos adolescentes. A adolescência estende-se da puberdade, cujo aparecimento varia em torno dos 12 anos, até os 18 anos. É uma fase que começa com o aparecimento de hormônios que mudam o comportamento; a docilidade da criança dá lugar a atitudes rudes e contestatórias. Os pais lutam para que os filhos nessa idade tenham bons modos, e não se envolvam com grupos marginais. A angustia que caracteriza essa fase desperta nos adolescentes grande interesse por técnicas para o domínio do comportamento próprio e compreensão das atitudes dos outros. Muitos pais atendem a esse interesse, pagando psicólogos para seus filhos adolescentes, cansados e assustados com os comportamentos que lhes parecem irracionais dos adolescentes. Principalmente quando em meio à confusão que os domina, precisam escolher uma profissão para dar rumo às suas vidas.

O adolescente tem nas veias hormônios com o potencial equivalente ao da cafeína de vários litros de café, e por isso suas mentes ficam ao mesmo tempo obnubiladas e excitadas, seu comportamento é imediato, errático, sem motivo definido, e por demanda dessas forças internas não admitem reflexão ou qualquer resistência ou obstrução. Sob tal efeito, ignoram sinais de trânsito, reagem com violência, bebem e batem uns nos outros, põem fogo em mendigos. No cinema falam alto, disputam quem senta ao lado de quem e estão constantemente se levantando, trocando de lugar, passando mensagens pelo celular para os colegas que estão em outra fila de poltronas, conversas e risadinhas incessantes, inclinam-se sobre a cadeira da frente para falar ao ouvido de um colega e com esse procedimento tiram a visão da tela dos espectadores que estão atrás. Têm problemas sexuais devido à hiper-excitação mental, mostram um completo desinteresse pelas disciplinas escolares e só ao custo de muita persuasão ou por não terem como fugir ao estudo, cursam uma escola com regularidade. Porém, transformam o quanto podem a escola em campo de comportamento superexcitado, devido à química em sua rede nervosa hiper-pulsante. Esse quadro é sabidamente mais dramático e perigoso no adolescente homem do que nas meninas. Nestas a resposta é mais sentimental, porém não menos torturante. São, geralmente, causa de arrasadoras paixões, ciúmes mortais, um desesperador sentimento de inferioridade, inadequação e rejeição.

Responsabilidades dos pais. Por serem menor de idade, é da Lei que o adolescente está sob a responsabilidade dos pais e que lhes deve obediência. Mas essa obediência torna-se difícil quando os pais não autorizam o uso do carro enquanto o jovem não tem habilitação, ou que a garota saia com um namorado sem obedecer a um horário para retornar a casa.

Os pais precisam saber com quem a filha está saindo, mesmo que eles sejam muito liberais. A própria garota deve saber que isto é uma questão de Boas-maneiras, um modo de agir que é distinto e mais refinado do que se passar por uma filha na qual os pais não têm muito interesse, não partilham, não querem saber por onde anda e o que faz. Ela avisa os pais que o namorado vem buscá-la e apronta-se a tempo, por que será embaraçoso para o rapaz ter que entrar e manter conversação com seus pais enquanto ela termina de vestir-se para sair. O jovem deve esperar que ela o apresentasse aos seus pais, e deve cumprimentá-los e trocar algumas palavras, sem temer que isto signifique assumir um compromisso; significa apenas boa educação.

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História. A consciência de família e de tradição é a raiz da cidadania e da autoestima. O conhecimento da origem da família, sua ligação a uma tradição, a uma cultura, a uma religião, é o campo da Genealogia. Esse conhecimento é parte fundamental da estrutura de identidade do Eu e requisito também para a autenticidade e maturidade da personalidade de cada um. O lado positivo e pitoresco do seu passado familiar tornará o assunto interessante para os filhos, e reforçará neles um sentimento de afeto e respeito pelos ancestrais e pelos seus próprios pais.

O entendimento desse papel fundamental da Genealogia é dificultado pela tendência da maioria das pessoas a achar que somente a família que se liga à nobreza europeia merece estudo. Isto subverte a pesquisa; leva o indivíduo a procurar primeiro o seu sobrenome entre as famílias nobres, a copiar brasões e enlear-se num sonho de fidalguia sem primeiro saber sequer quem foi seu avô. O estudo da origem da família deve ser despido de quaisquer ideias pré-concebidas, excesso de imaginação, etc. O pesquisador deve ater-se aos documentos, e lembrar-se de que existem famílias com o mesmo sobrenome que têm origens diferentes. Portanto, a pesquisa genealógica deve partir da identidade dos pais, dos avós, bisavós, e prosseguir em recuo até onde for possível chegar com base na documentação dos arquivos.

Intimidade. Assuntos íntimos são aqueles a serem tratados apenas dentro de um campo social restrito. Ao nível de amigos íntimos, os assuntos são mantidos em sigilo restrito a esse grupo. O segredo no nível da família exclui Os amigos. É comum uma família ter assuntos cujo conhecimento deseja manter apenas entre os seus membros, e finalmente, dentro da família, existem as questões que são da intimidade do casal, e cada membro do casal tem também sua intimidade própria, com respeito a questões estritamente individuais por natureza. Respeitar esses níveis é parte de uma boa formação familiar.