segunda-feira, 14 de maio de 2012


Sedentarismo pode elevar risco de asma em crianças
O estudo acompanhou crianças do nascimento aos 11 anos

Crianças pequenas que passam mais de duas horas por dia assistindo à televisão correm duas vezes mais risco de desenvolver asma, de acordo com um estudo britânico publicado na revista de medicina respiratóriaThorax.
Os cientistas dizem, contudo, que o problema se deve menos à TV em si e mais ao estilo de vida sedentário ligado ao hábito de assisti-la.
Os pesquisadores acompanharam mais de 3 mil crianças britânicas desde o nascimento até os 11 anos e meio. Todos os anos, os pais respondiam a um questionário sobre sintomas de problemas respiratórios em seus filhos e se um médico diagnosticou asma.
Os pais também foram requisitados a acompanhar os hábitos de assistir à televisão dos filhos a partir dos três anos e meio de idade.
Nenhuma criança pequena ou bebê apresentava problemas respiratórios. Aos 11 anos e meio, 185 crianças (6%) tinham desenvolvido asma.
Horas diante da TV
E crianças que assistiram à TV durante mais de duas horas por dia apresentaram quase o dobro de possibilidade de ter sido diagnosticada com asma do que as que assistiam menos à televisão.
Entre as crianças com asma, 2% não assistiam à TV, 20% assistiam por menos de uma hora por dia, 34% praticavam o hábito entre uma e duas horas e 44% assistiam à televisão durante mais de duas horas por dia.
Pesquisadores ressaltaram que, como nenhuma criança apresentava problemas respiratórios aos três anos e meio, é pouco provável que as crianças que desenvolveram asma tenham sido forçadas a fazer menos exercícios desde tenra idade justamente por causa dos sintomas da doença.
Eles especulam que a inatividade é uma explicação para os resultados obtidos, partindo-se da premissa de que as crianças que assistem mais TV têm vidas menos ativas - os cientistas não monitoraram diretamente os níveis de exercício das crianças durante o estudo.
No final do estudo, quando as crianças tinham 11 anos e meio de idade, constatou-se pouca diferença nos níveis de exercício físico entre os que desenvolveram asma e os que não desenvolveram.
O coautor do estudo, James Paton, da Universidade de Glasgow, disse: "Nós achamos que o problema é inatividade, não assistir à TV."
"Pode haver um período cedo na vida quando as atividades fazem alguma coisa para proteger os pulmões."
"Pode ser que ao não ficar sentado parado você acabe respirando profundamente e isso pode ser importante no longo prazo."
Há indícios de que padrões respiratórios podem ser importantes para os músculos das vias respiratórias.

Obesidade na adolescência é tão prejudicial quanto fumo, diz estudo.
Combinação de fumo e obesidade é a mais perigosa.
Um estudo realizado na Suécia indica que ser obeso na adolescência aumenta o risco de morte prematura tanto quanto fumar.

A pesquisa do Instituto Karolinska, divulgada nesta quarta-feira na publicação científica British Medical Journal, usou dados de 45.920 homens que foram submetidos a exames médicos obrigatórios ao se alistarem no serviço militar, quando tinham idades entre 16 e 19 anos.
Seus índices de massa corpórea (IMC) e seus hábitos de fumar foram anotados, e eles foram acompanhados por, em média, 38 anos. Neste período, 2.897 deles morreram.
Os cientistas concluíram que o número de mortes prematuras na idade adulta dos jovens com peso normal que fumavam mais do que dez cigarros por dia foi o mesmo de não fumantes obesos.
Os pesquisadores dizem que jovens obesos fumantes correm mais riscos - na pesquisa, eles mostraram ter cinco vezes mais chances de morrer prematuramente na idade adulta do que não fumantes com peso normal.
Além disso, o estudo mostrou que adolescentes obesos têm o dobro das chances de morte prematura do que jovens com peso normal.
O risco aumenta em 30% em adolescentes com excesso de peso, mas não obesos.
Segundo os estudiosos, a incidência de mortes foi menor entre os homens com peso normal e maior entre os que eram obesos na adolescência.
Eles descobriram ainda que os participantes com peso abaixo do normal não apresentavam risco alterado de morte prematura, independentemente de fumarem ou não. Já aqueles que tinham o peso muito abaixo do normal tinham as mesmas chances de sofrer morte prematura do que os que tinham excesso de peso.
Martin Neovius, coordenador da pesquisa, afirmou ainda que os jovens que fumam até dez cigarros por dia têm até 30% mais chances de ter morte prematura.
"As descobertas indicam que o excesso de peso, a obesidade e o fumo entre os adolescentes continuam sendo alvos importantes de iniciativas de saúde pública", afirmou o médico.

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